É preciso ajudar a quem precisa encontrar uma saída.

O suicídio é um grave problema, e cada vez mais tem sido tratado como um alerta de saúde pública. Isso porque estima-se que 800 mil pessoas morram por ano como consequência de suicídio. Cerca de 11 mil delas, somente no Brasil. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão é a segunda principal causa de morte do tipo entre pessoas com idade entre 15 e 29 anos.

Diferente das situações em que o humor oscila, a depressão é caracterizada pela longa duração e pode se tornar um problema para a saúde, levando a pessoa a um grande sofrimento e refletindo em suas relações no trabalho, no meio familiar e também socialmente.

São sintomas da doença: humor deprimido, perda de interesse e prazer, energia reduzida, ansiedade, distúrbios do sono e de apetite, sentimento de culpa, baixa autoestima, falta de concentração e transtorno afetivo bipolar (situação em que os episódios de mania e de depressão se alternam, sendo separados por um período de humor normal).

Muitas vezes, todos esses sintomas são consequência de uma complexa interação de fatores (biológicos, psicológicos e até sociais) que resultam na depressão. Outro ponto de alerta é que toda essa sobrecarga pode gerar também danos à saúde física, mesmo quando não é tão severa a ponto de levar a pessoa ao suicídio, provocando estresse elevado e desencadeando doenças cardiovasculares, por exemplo.

Em busca da saída

Embora existam tratamentos altamente eficazes contra a depressão, a OMS acredita que, em muitos países, menos de 10% daqueles que enfrentam a doença recebem atendimento adequado. Uma das causas ainda é o estigma social.

Por isso, a melhor maneira de ajudar quem enfrenta o problema é deixando de lado julgamentos e levando à sério alertas como isolamento social, abuso de álcool ou drogas, alterações frequentes de humor ou frases como “queria sumir” ou “preferia estar morto”. Diante dessas situações, mostre que se importa com a pessoa e oriente que ela busque ajuda profissional.

Depois de diagnóstico preciso sobre a doença e a intensidade do sofrimento enfrentado por quem vive o problema, muitas vezes é preciso recorrer à terapia comportamental e uso de medicamentos.

Em casos de emergência, como sofrimento intenso, é possível ter atenção imediata. Desde 2017, o Ministério da Saúde e o Centro de Valorização da Vida (CVV) têm um acordo de prevenção ao suicídio. Pessoas que sofrem de ansiedade, depressão ou estão em risco de morte podem ligar gratuitamente para o telefone 188 para ter apoio.

O CURA apoia a prevenção ao suicídio e a atenção integral à saúde física e psicológica.

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