A combinação obesidade/sobrepeso, hábitos alimentares pouco saudáveis e sedentarismo certamente tem feito aumentar o número de pacientes que chegam a seu consultório com perfil de risco para doença hepática gordurosa não alcóolica (DHGNA), o tipo de esteatose hepática mais frequente no mundo. É a doença hepática mais prevalente atualmente e acomete também pessoas com índice de massa corporal normal.
Eliminar a gordura é fundamental para melhorar as estruturas hepáticas e evitar o risco de desenvolvimento de outras patologias mais graves, como esteatoepatite, cirrose e carcinoma hepatocelular. Mas como quantificar com precisão a fração de gordura presente no fígado do paciente para orientar a conduta do médico que o assiste?
Eficácia e precisão
Um estudo conduzido com obesos mórbidos pela professora livre-docente do Departamento de Diagnóstico por Imagem da Escola Paulista de Medicina, Dra. Susan Menasce Goldman, permitiu comprovar a eficácia e precisão da espectroscopia por ressonância magnética – um conjunto de técnicas exclusivas, desenvolvidas pelo CURA Imagem e Diagnóstico há cerca de oito anos.
A médica, que também é responsável técnica pela área de ressonância magnética do CURA Imagem e Diagnóstico, explica que, antes da cirurgia bariátrica, os candidatos têm de fazer uma biopsia. O método é eficiente e preciso na quantificação de gordura e fibrose hepática, mas é invasivo. “Realizei a espectroscopia por ressonância magnética em diversos pacientes antes de passarem pela biopsia, e os resultados dos dois métodos apresentam uma correlação fidedigna, comprovando a eficácia da espectroscopia, que tem a vantagem de ser não invasiva e sem riscos”, afirma Dra. Susan.
Segundo ela, para o paciente, aparentemente trata-se de uma ressonância magnética comum, que leva cerca de 15 minutos para coletar as imagens. Mas o diferencial está na leitura, o que exige um know-how diferenciado. “Desenvolvemos técnicas exclusivas, com fórmula matemática, para calcular os picos de lipídios, o que nos permite quantificar com precisão a fração de gordura. Ao mesmo tempo, medimos também o metabolismo. Somos um dos pioneiros a desenvolver essas técnicas no mundo e um dos poucos que realizam a espectroscopia na rotina.”
Avanço significativo
Associada à espectroscopia, o CURA realiza também a elastografia por ressonância magnética, que permite avaliar 100% do fígado para identificar fibrose, e avaliação multiparamétrica pré-operatória para candidatos à cirurgia bariátrica.
Dra. Susan destaca ainda que a espectroscopia por ressonância magnética é um avanço importante em relação à técnica mais frequentemente usada no mercado, a sequência multieco, que também é colhida por meio de ressonância magnética, mas que apresenta índice de erro acima de 80%. “Acreditava-se que era uma técnica fidedigna, mas hoje se sabe que não é”, afirma.
Editora Conteúdo/Abgail Cardoso