Mais e mais se escuta falar do mal de Alzheimer e de alguém que se conhece, ou é próximo, que é diagnosticado com a doença. Mais conhecida por causar esquecimento, ela é muito mais do que isso. Trata-se de um transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal, que causa deterioração cognitiva e da memória, comprometimento progressivo das atividades diárias e uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações comportamentais.

Ou seja, a conexões das células cerebrais e as próprias células se degeneram e morrem, eventualmente destruindo a memória e outras funções mentais importantes. É a forma mais comum de demência neurodegenerativa em pessoas de idade, sendo responsável por mais da metade dos casos de demência nessa população.

A doença normalmente acomete mais mulheres do que homens. No entanto, como as mulheres vivem em média 5 anos a mais do que os homens, não se sabe se é uma questão de gênero ou é resultado da maior expectativa de vida. O fato é que ainda não se conhece exatamente o que causa Alzheimer, embora se saiba como ocorre o processo de degeneração cerebral.

Ela ocorre quando há uma agregação patológica da proteína “tau” nos neurônios e nas células existentes entre eles, as células da glia, provocando perda progressiva de neurônios em certas regiões do cérebro, como o hipocampo, que controla a memória, e o córtex cerebral, essencial para a linguagem e o raciocínio, memória, reconhecimento de estímulos sensoriais e pensamento abstrato. O resultado é uma evolução lenta e sem retorno da doença.

Sintomas

Entre os principais sinais e sintomas do Alzheimer estão:

  • Esquecimento de acontecimentos recentes
  • Repetição da mesma pergunta várias vezes
  • Dificuldade para acompanhar conversações ou pensamentos complexos
  • Incapacidade de elaborar estratégias para resolver problemas
  • Dificuldade para dirigir automóvel e encontrar caminhos conhecidos
  • Dificuldade para encontrar palavras que exprimam ideias ou sentimentos pessoais;
  • Irritabilidade, suspeição injustificada, agressividade, passividade, interpretações erradas de estímulos visuais ou auditivos, tendência ao isolamento.

Segundo o Ministério da Saúde, além da idade, a demência é mais provável se a pessoa tem algum familiar que já sofreu do problema. Segundo o órgão, o baixo nível de escolaridade´, pode ser um fator de risco, já que pessoas com maior nível de escolaridade geralmente executam atividades intelectuais mais complexas, que oferecem maior quantidade de estímulos cerebrais.

Por isso, se defende que quanto maior for a estimulação cerebral da pessoa, maior será o número de conexões criadas entre as células nervosas, chamadas neurônios. Esses novos caminhos criados ampliariam a possibilidade de contornar as lesões cerebrais, sendo necessária uma maior perda de neurônios para que os sintomas de demência comecem a aparecer. Dessa maneira, se considera que a estimulação cognitiva constante e diversificada ao longo da vida pode ser uma maneira de retardar a doença.

Em consequência, manter a mente sempre ativa é um dos principais conselhos para retardar a doença. Além disso, também se recomenda a prática de exercícios regularmente, participar de jogos inteligentes, fazer atividades em grupo e manter-se socialmente ativo, fazer exercícios de aritmética, ter alimentação saudável e buscar um objetivo de vida para se manter ativo.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico precoce, feito por um neurologista, juntamente com o tratamento adequado e em tempo oportuno é essencial para proporcionar alívio dos sintomas e a estabilização ou retardo da progressão da doença. A ressonância magnética pode auxiliar na elucidação diagnóstica, por meio da análise do escore da atrofia medial temporal, além de auxiliar a afastar outras causas neurodegenerativas diferenciais do Alzheimer.

O tratamento é feito com medicamentos específicos, mas também se recomenda a estimulação cerebral, prática de exercícios e convivência social como uma prática terapêutica coadjuvante.

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