O encéfalo, que antes era conhecido como sistema nervoso central, é protegido de traumas pelo líquido cefalorraquiano (LCR), chamado de líquor, que é produzido e absorvido pelo organismo. Além de oferecer proteção, o líquor é um veículo para levar nutrientes ao cérebro e faz também uma limpeza de resíduos.

De carona na corrente sanguínea, o líquor se movimenta a uma determinada velocidade e em determinado sentido. Segundo o radiologista e especialista em neurorradioloia, Paulo Kuriki, que faz parte do corpo clínico do CURA Imagem e Diagnóstico, mudanças no fluxo desse líquido, causadas por obstruções, podem levar a um acúmulo anormal de líquido nas cavidades cranianas e ao aumento da pressão sobre o cérebro, o que pode gerar lesões no tecido cerebral e aumento e inchaço do crânio.

São as hidrocefalias – existem quatro tipos -, que podem atingir de 1 a 3 pessoas a cada mil nascimentos. A maioria dos casos acontece em recém-nascidos. O segundo grupo mais afetado são os idosos, principalmente homens.

Sintomas e fatores de risco

Os sintomas variam de acordo com a idade. Em bebês e crianças, o aumento anormal do tamanho da cabeça é um sinal importante, mas acontecem também sonolência, náuseas, vômitos, dificuldade para se manter acordado, perda de força muscular, entre outros sintomas. “Em idosos, a hidrocefalia pode ser confundida com outros distúrbios, como doença de Alzheimer e de Parkinson”, alerta dr. Kuriki.

Lesões ou tumores no cérebro ou medula espinhal, infecções no encéfalo (como meningite bacteriana ou caxumba), sangramento no cérebro devido a um AVC ou lesão na cabeça, lesões traumáticas no cérebro são alguns dos fatores de risco para a ocorrência de hidrocefalia.

Em recém-nascidos, os fatores de risco são mais específicos, como infecções durante a gestação (como sífilis e rubéola), hemorragia dentro dos ventrículos por complicações no parto e desenvolvimento atípico do encéfalo.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico das hidrocefalias é feito por neurologista. Inicialmente, são testes neurológicos realizados no consultório que avaliam reflexos, força muscular, visão e movimentação ocular, coordenação e equilíbrio, estado mental. Se houver suspeita da doença, poderão ser realizados exames laboratoriais, como coleta de líquor, e de imagem como ressonância magnética para complementar as informações obtidas na análise laboratorial.

O CURA Imagem e Diagnóstico realiza esses exames. A ressonância magnética dura apenas 15 minutos, pois contamos com aparelhos rápidos e com a maior abertura do mercado. “Isso é importante especialmente para pacientes com claustrofobia, que, no CURA, podem fazer o exame sem sedação”, afirma dr. Kuriki.

Hidrocefalia não tem cura, mas há tratamentos de controle, que inclui cirurgias e outros procedimentos para drenar o excesso de líquor das cavidades cranianas, e uso de medicamentos para evitar que o problema volte a ocorrer.

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