Na década de 1960, mulher que engravidava pela primeira vez após os 25 anos de idade era considerada “primigesta idosa”. Crescer, casar e ter filhos costumava ser a evolução natural. Mas o desenvolvimento de métodos anticoncepcionais seguros, que permitem planejar o momento certo de ter um filho, e as mudanças no projeto de vida das mulheres têm levado muitas a adiar cada vez mais a gravidez.

Ser mãe continua nos planos das mulheres, mas não é mais o único objetivo. Agora, elas estudam mais, buscam crescimento profissional e realizações pessoais. O sonho de ser mãe tem de esperar a estabilidade financeira e emocional.

Segundo o Ministério da Saúde, o número de mulheres que postergaram a primeira gravidez para depois dos 40 anos subiu 49,5% nos últimos 20 anos, passando de 51.603 em 1995 para 77.138 em 2015. Nas clínicas particulares, as gestantes com mais de 35 anos chegam a 80%. Quanto mais anos de estudo, maior a tendência de gravidez tardia.

Diminuição das chances de engravidar com o passar do tempo

É certo que a medicina evoluiu a ponto de ajudar nesse processo, mas é preciso saber também que tentar atrasar o relógio biológico é uma opção que inclui riscos. A mulher nasce com cerca de 400 mil óvulos, que amadurecem mensalmente, um a um, a partir do momento em que ela começa a menstruar.

Isso significa que, com o tempo, ao contrário do homem que produz espermatozoides a cada 90 dias, o potencial reprodutivo feminino cai progressivamente com a aproximação da menopausa, assim como a qualidade dos óvulos. Aos 35 anos, a reserva ovariana já está em 12% e se reduz para 3% aos 40 anos de idade.

No mesmo ritmo, diminuem as chances de engravidar. Quando tem 20 anos, a mulher tem 35% de possibilidade de ficar grávida naturalmente. Aos 40 anos, as chances caem para 5%, demandando muitas vezes tratamentos, que podem sair caro e ser desgastantes emocionalmente.

Se recorrer a técnicas de reprodução assistida, as chances aumentam um pouco. De qualquer forma, segundo os médicos, a faixa etária ideal para a gravidez continua sendo entre os 18 e 25 anos.

Mas até o Conselho Federal de Medicina (CFM) parece reconhecer que a gravidez tardia é uma tendência sem volta e liberou a inseminação artificial de mulheres acima dos 50 anos, sem que o caso tenha de ser analisado e autorizado pela entidade.

Para a mulher de hoje, um novo ginecologista

As alterações de comportamento da mulher e as novas tecnologias que caminham de acordo com essa tendência, que é global, demandam um novo papel para o ginecologista. Quando atende pacientes jovens, que estão com a cabeça focada no presente, nos estudos e na carreira, o médico tem de mostrar a elas que é preciso pensar a longo prazo e planejar sua futura gravidez, caso desejem ser mães um dia.

Cuidar da saúde, mantendo o peso sob controle, hábitos saudáveis para evitar alterações de pressão, colesterol e não fumar são recomendações que valem para todas. Outra providência interessante para quem deseja postergar a gravidez é o congelamento de óvulos para garantir sua qualidade quando for utilizá-los no futuro.

Cuidados aumentam a segurança para mãe e filho

Quando achar que chegou a hora, a recomendação é começar o pré-natal antes da concepção para avaliar as condições clínicas e controlar algum problema, caso haja um.

No CURA Imagem e Diagnóstico, podem ser realizados exames laboratoriais e ultrassons para avaliar órgãos internos e mamas. Em geral, o médico recomenda tomar vitaminas e ácido fólico para reduzir o risco de malformação do sistema nervoso central.

Durante a gestação, também são importantes a realização de exames laboratoriais e o acompanhamento clínico para identificar possibilidade de pré-eclâmpsia, principal causa de morte para mãe e filho, atrapalhando o crescimento fetal e causando partos prematuros.

No CURA Medicina Fetal, podem ser realizados dezenas de procedimentos para avaliar o desenvolvimento do bebê e a saúde da mãe, de exames de sangue, ultrassons e ressonâncias a biópsia de vilo coriônico, amniocentese e amostragem do cordão umbilical, que avaliam eventuais anomalias genéticas e cromossômicas.

Para saber mais, converse com o seu médico. Para agendamentos, ligue para (11) 3056-4707 ou (11) 97135-2766 (Whatsapp). Se preferir, envie seu pedido, dados do convênio e seu telefone para agendamento@cura.com.br.

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