Escrito por Dra.Suzan Goldman
Dor pélvica, aumento de fluxo menstrual, dificuldades para engravidar, dispareunia (dor no ato sexual) etc. são apenas alguns dos sintomas provocados pela Endometriose, uma doença que acomete uma boa parcela das mulheres em idade reprodutiva (dos 16 aos 50 anos).
Inicialmente, é importante explicar que endométrio é a mucosa que reveste a parede uterina, a qual é renovada (sofre descamações) cada vez que a mulher tem a menstruação. A rigor, após a renovação, esse tecido é expelido com o fluxo menstrual. No entanto, o que acontece, segundo uma das teorias, é que algumas das células do endométrio acabam migrando no sentido oposto, subindo pelas tubas uterinas e alojando-se na cavidade abdominal. Ali, multiplicam-se e provocam a doença. Endometriose é, portanto, a presença de células de endométrio em locais fora do útero.
Até hoje não se sabe precisamente as causas da doença. Muitos podem ser os fatores, desde herança genética, estilo de vida, hábitos alimentares etc. Por isso, não há efetivamente uma forma de prevenção. Mas, por outro lado, existem métodos diagnósticos bastante sofisticados e precisos, que ajudam o médico a prescrever o tratamento mais adequado a sua paciente.
A visita regular ao ginecologista para realização de exames periódicos de rotina é fundamental para a saúde feminina, já que, em alguns casos, a doença pode ser assintomática.
Tipos de Endometriose
Hoje, os médicos se deparam com três tipos de Endometriose. Um deles é a Endometriose de Linha Média, que atinge, principalmente, o útero, a vagina e o septo retovaginal, região que fica entre a vagina e o reto.
Outro tipo é a Endometriose Ovariana, que ocorre dentro dos ovários e provoca o aparecimento de cistos cheios de sangue, os quais podem destruir os folículos dos ovários e comprometer a fertilidade.
Há também a Endometriose Peritoneal, na qual as células do endométrio se alojam no peritônio (membrana que recobre a parede abdominal) ou na parede pélvica. Os sintomas são parecidos nos três tipos da doença.
O ideal é que assim que notar um ou mais sintomas, a mulher consulte um ginecologista para um exame físico, no qual o médico verificará as condições da vagina, ovários, útero etc. e conhecerá as queixas da paciente. Se o profissional desconfiar de Endometriose procede a métodos mais específicos. Um deles é o exame laboratorial CA 125, feito por coleta de sangue, que ajudará na detecção do problema.
Entretanto, uma das áreas que mais vem evoluindo na identificação da doença é o diagnóstico por imagem. Hoje, o médico pode optar pela ultrassonografia transvaginal, que pode ser tradicional ou com preparo intestinal. Essa última requer operadores altamente especializados e treinados, uma vez que nesse tipo de exame são coletadas imagens muito complexas.
Outro método bastante utilizado pelos médicos é a ressonância magnética, um exame preciso, por meio do qual se consegue imagens de alta definição de todas as áreas e órgãos que, supostamente, possam ter sido afetados pela Endometriose. Por seu um método eficaz, que não causa maior desconforto para as pacientes, hoje grande parte dos profissionais tem optado por esse tipo de diagnóstico. Feitos os exames, o médico decide pelo tratamento mais adequado, que pode ser por meio de prescrição de medicamentos específicos ou procedimento cirúrgico (a laparoscopia). Na laparoscopia, pequenas cânulas de metal são inseridas no abdome da mulher para retirada da Endometriose. É um procedimento que exige anestesia e internação hospitalar.
Importante ressaltar que nem todos os casos são operáveis. Geralmente, parte-se para a laparoscopia quando se tem endometrioses acima de 3 ou 4 cm ou quando se constata a infertilidade. Além disso, o procedimento cirúrgico é recomendável para pacientes que, mesmo após o uso de medicação, continuam sentindo muita dor. Ou ainda quando, por meio dos exames, o médico constatar que há aderências entre órgãos ou obstruções, o que pode comprometer funções biológicas.
De qualquer forma, seja qual for a técnica escolhida, o importante é a paciente seguir sempre as orientações médicas e procurar locais confiáveis para realização de seus exames.
O CURA oferece todos os métodos de diagnóstico por imagem e mantém equipe de profissionais treinada, que fornece toda a orientação necessária para a paciente.
Não deixe sua saúde para segundo plano. Ao sinal de qualquer problema, consulte o médico. A manutenção de hábitos de vida saudáveis, como praticar exercícios físicos regularmente, ter uma alimentação equilibrada, dormir bem e evitar álcool e o tabaco, também é importante para aumentar a qualidade de vida, prevenir doenças e ter a saúde sempre em dia.