Cuidados com a saúde no carnaval
Cólicas fortes, dificuldade para engravidar, sinais e sintomas mais intensos na TPM e sangramento nas fezes fazem parte do seu ciclo menstrual? Se você sente algum deles, você pode sofrer de endometriose.
A endometriose é uma doença que afeta milhões de mulheres em todo o mundo e muitas delas ainda desconhecem a sua existência.
A endometriose pode ser silenciosa em cerca de até 20% dos casos, de acordo com ginecologista da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). E o Ministério da Saúde, destaca que a endometriose afeta uma a cada dez mulheres entre 25 e 35 anos.
E a campanha do Março Amarelo destaca a importância das mulheres se conscientizarem sobre a endometriose, para que possam identificar seus sintomas precocemente e buscar ajuda médica.
Sentir dores muito mais fortes do que você consegue suportar não é normal. Convidamos você a ler este texto, conhecer mais a endometriose e saber quando é importante procurar um médico.
Vamos lá?
O que é a endometriose?
A endometriose é uma doença ginecológica que ocorre quando o tecido que reveste a parte interna do útero (endométrio) cresce fora dele, como nas trompas, ovários e outros órgãos pélvicos.
Esse tecido continua a se comportar como se estivesse dentro do útero, ou seja, cresce e sangra durante o ciclo menstrual. Isso pode causar inflamação, dor e, em casos graves, afetar os órgãos daquela região.
Quais são os principais exames de imagem utilizados para o diagnóstico?
Quando falamos da endometriose, um dos principais problemas para o seu diagnóstico é a dificuldade da sua identificação. Isso acontece, pois os sintomas podem ser confundidos com outras doenças, como as doenças inflamatórias pélvica ou miomas.
Outro fator é que existem mulheres que não sentem os sintomas, outras que sentem os sintomas leves até as que têm sintomas mais intensos. Nesses casos, se as pacientes demorarem para procurar o médico, o diagnóstico pode ser ainda mais tardio.
As principais formas de diagnosticar a endometriose é por meio dos exames de imagem, como a ultrassonografia e a ressonância magnética.
Ultrassonografia pélvica ginecológica
Esse exame permite a avaliação da região do abdômen inferior feminino, a pelve, e pode ser feito de duas formas: por cima da barriga ou via intravaginal (conhecida como o transvaginal, quando a sonda é introduzida na vagina). É indicado para identificar cistos ovarianos e outras anormalidades relacionadas à endometriose.
Ultrassonografia do aparelho urinário
A ultrassonografia do aparelho urinário pode ser usada para avaliar se a endometriose afetou algum dos órgãos ligados ao trato urinário. Durante o exame, o transdutor é colocado na parte inferior do abdômen para capturar imagens dos rins, ureteres e bexigas. Nesse caso, se a endometriose estiver afetando essa região, ela pode causar a dilatação dos ureteres ou outras anormalidades visíveis nas imagens.
Ressonância magnética da pelve
Esse procedimento cria um campo magnético e ondas de rádio para produzir imagens detalhadas dos órgãos pélvicos. Por isso, ela é indicada para confirmar o diagnóstico de endometriose e avaliar o grau de gravidade da doença. As imagens produzidas por esse exame podem mostrar a presença de tecido endometrial fora do útero, a extensão da doença e outras complicações que possam estar presentes.
Ultrassonografia endovaginal
Nessa técnica não invasiva, o transdutor do ultrassom é inserido na vagina da paciente para a visualização mais detalhada dos órgãos que ficam na pelvis. Durante a realização do exame, o médico consegue observar as lesões na parede do útero, nas trompas e nos ovários. Esse procedimento, também, permite determinar a gravidade da endometriose e auxilia no planejamento do tratamento.
Se o médico ainda estiver em dúvidas, ele pode solicitar a laparoscopia, um método cirúrgico e minimamente invasivo para tratar doenças na região abdominal, como miomas, obstrução das tubas uterinas e a endometriose.
Quais as principais formas de tratamento e prevenção?
O tratamento da endometriose pode envolver o uso de medicamentos para aliviar a dor e controlar o crescimento do tecido endometrial, como analgésicos, anti-inflamatórios e contraceptivos hormonais. Nos casos mais graves, pode ser necessária a cirurgia para remover o tecido afetado.
Já para a prevenção, ainda não há uma maneira conhecida de evitar a endometriose, mas algumas medidas podem ajudar a reduzir o risco, como manter um estilo de vida saudável e terapia hormonal para o controle do ciclo menstrual.
A endometriose é uma doença que pode causar um grande impacto na qualidade de vida das mulheres, na saúde física e mental, e na fertilidade das mulheres. Nos casos mais graves, pode levar a distorção anatômica dos órgãos reprodutores, entupimento das tubas e a gravidez ectópica, quando o embrião não chega ao útero e se implanta na tuba uterina.
É importante que as mulheres se conscientizem sobre os sintomas da endometriose e busquem ajuda médica caso os apresentem. Quanto mais cedo o diagnóstico for feito, maior é a chance de realizar um tratamento eficaz e a prevenção de complicações a longo prazo.
Realize seus exames preventivos periodicamente e ao identificar qualquer sintoma da endometriose, procure seu médico.
Caso o profissional solicite algum exame laboratorial ou de imagem, você pode contar conosco.
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