Você sabia que a osteoporose acomete muito mais mulheres do que homens? Isso mesmo. Estudos apontam que três a cada quatro pacientes são do sexo feminino, principalmente na fase pós-menopausa.

Pensando nisso, selecionamos aqui as principais informações sobre as causas, sintomas e tratamentos de uma doença silenciosa que já atinge mais de 10 milhões de brasileiros, número que vem aumentando consideravelmente a cada ano.

Osteoporose: o que é?

A osteoporose é uma doença que provoca a diminuição da massa óssea de forma acelerada, fazendo com que os ossos fiquem mais fragilizados, porosos e mais suscetíveis a fraturas.
Fonte de cálcio, os ossos promovem a sustentação do nosso organismo e têm papel fundamental na execução de diversas funções, como na força muscular e nos batimentos cárdicos, por exemplo.
A coluna (vértebras), punho, úmero e fêmur são os locais mais atingidos pela doença, sendo a fratura do colo do fêmur a mais perigosa, uma vez que 25% dos pacientes morrem em decorrência da lesão, em um período de até 6 meses.
A osteoporose é bastante associada ao envelhecimento e é responsável pela maior causa de fraturas e quedas em idosos. Anualmente, ocorrem cerca de dois milhões de fraturas por osteoporose e mais de duzentas mil pessoas morrem no país em decorrência destas fraturas.

Principais Causas

A osteoporose é mais comum em mulheres acima de 50 anos devido à menopausa, quando ocorre queda dos níveis do hormônio estrogênio, hormônio responsável pela formação óssea e cuja redução aumenta a reabsorção do osso.
No caso de pacientes homens, a perda de massa óssea ocorre mais tarde, a partir dos 70 anos com a diminuição dos níveis de testosterona – hormônio masculino – que desempenha papel semelhante ao estrogênio. De acordo com as estatísticas, a osteoporose afeta um homem para cada quatro mulheres.
O risco de fratura aumenta consideravelmente em mulheres a partir dos 65 anos e em homens aos 75 anos, além de outros fatores que favorecem o desenvolvimento da doença.
É o que explica a Dra. Jamille Godoy Mendes, reumatologista: “Além da faixa etária do paciente, é importante se atentar a outros fatores de risco como fatura prévia, histórico familiar de fratura no quadril em pais e menopausa precoce, por exemplo”. “A doença também é mais comum em caucasianos, pacientes com doenças associadas e que consomem certos medicamentos como glicocorticoide, anticonvulsivantes e os protetores gástricos (ex: omeprazol) ”. – completa.
A doença ainda pode se manifestar de maneira mais frequente em pacientes com as seguintes características:

•Deficiência de cálcio;
•Sedentarismo (principalmente em pacientes com musculatura fraca);
•Tabagismo;
•Consumo excessivo de álcool;
•Falta de vitamina D no organismo;
“A população brasileira esta envelhecendo, o número de casos aumentando e por isso a doença esta cada vez mais em pauta nos últimos anos. Se atentar aos fatores de risco da doença é determinante para um diagnóstico precoce, prevenção de fratura e manutenção da sua qualidade de vida.” – finaliza a especialista

Sintomas

Em grande parte dos casos, a osteoporose se manifesta de maneira assintomática e só costuma ser diagnosticada após alguma fratura.
No entanto, é possível se atentar a alguns sinais, como:

•Presença de ombros caídos ou de corcunda;
•Diminuição da estatura – entre dois e três centímetros;
•Deformidades ( principalmente de coluna);

Diagnóstico

Segundo a Dra. Susi Tagima, radiologista, o diagnóstico de fraturas vertebrais por osteoporose nem sempre é fácil. “Apenas uma em quatro fraturas é reconhecida clinicamente. A ausência de sintomas e a dificuldade de reconhecer a causa desses sintomas são alguns dos motivos.” – avalia.
A densitometria óssea é o principal método para diagnosticar a doença e tem como objetivo avaliar a densidade mineral óssea da coluna lombar e no fêmur e ajuda a determinar o risco de novas fraturas.
Para este exame, utiliza-se a técnica DXA (sigla em inglês traduzida como absorciometria por raio X com dupla energia).
O exame compara a densidade óssea do paciente com a densidade óssea observada em uma pessoa jovem do mesmo sexo. O resultado pode ser classificado como:

•Normal
•Osteopenia – que é o estágio anterior da osteoporose
•Osteoporose – que é a doença estabelecida
Caso o resultado seja menor que 2,5 desvios padrões, a osteoporose é diagnosticada.

Quem deve fazer densitometria?

Fonte: Osteoporosis National Foundation (NOF)

•Mulheres com 65 anos ou mais;
•Homens a partir dos 70 anos;
•Pacientes que tenham doenças que causam perdas ósseas;
•Pacientes acima de 50 anos ou mais que apresentem:

a.baixo peso ou IMC ≤ 20 kg/m2;
b.pais com história de fratura no quadril;
c.artrite reumatóide;
d.fumantes atuais;
e.ingestão excessiva de álcool (≥ três doses por dia)

Em caso de fratura por osteoporose pode ser realizado ressonância magnética e tomografia computadorizada.

Tratamentos e Cuidados

A osteoporose não tem cura e, infelizmente, não é possível reverter a perda óssea completamente. Especialistas defendem, portanto, as medidas preventivas, que evitam ou retardam o desenvolvimento da doença.
Nos casos já diagnosticados, o tratamento da doença é feito de acordo com a orientação do médico ou equipe médica que acompanha o caso – ortopedista, endocrinologista, geriatra, reumatologista, radiologista – sendo utilizado medicamentos que evitem a perda de mais osso ou que estimulem a produção de massa óssea e que colaborem na prevenção de fraturas.

Vale ressaltar que a indicação de tratamento depende de um conjunto de fatores como avaliação de antecedentes pessoais, sexo, idade, doenças pré-existentes – que não se limitam apenas ao resultado de um exame específico.
Além disso, o acompanhamento de um profissional deve ser recorrente e os exames devem ser refeitos a cada um ou dois anos.

Prevenção

Adotar hábitos saudáveis durante toda a vida é uma das mais eficazes formas de prevenção. Mas, a medida que o corpo vai envelhecendo, a atenção aos sinais e cuidados com o corpo devem ser redobrados.
Por isso, o ideal é que exames preventivos sejam feitos, além do acompanhamento regular de um médico especialista.
É o que reforça o Dr. José Eduardo Colla, médico radiologista: “as fraturas por osteoporose geram para o idoso não só dor e perda de independência, como necessidade de reabilitação, medo, ansiedade, além de custos médicos bastante elevados. Por isso a prevenção e diagnóstico precoce são tão recomendados”.

Fortalecendo os ossos em 3,2,1…

A adoção de hábitos simples fará a diferença no processo de envelhecimento. Confira nossas três principais dicas:

1.Tome sol regularmente. Quinze minutinhos diários, sem protetor solar e fora dos horários de pico (retirar), é o suficiente. Isso porque o sol é a principal fonte de produção da vitamina e os raios ultravioletas do tipo B, são capazes de ativar a síntese da substância. Resumidamente, ele é o responsável por 80 a 90% da vitamina D que o corpo produz.

2.Mantenha seu peso dentro do ideal e uma dieta equilibrada. Tão importante quanto se atentar as quantidades de consumo, é o valor nutritivo dos alimentos ingeridos. Priorize produtos frescos, naturais e reduza de seu cardápio opções repletas de gorduras, carboidratos simples e açucares. Este cuidado com a sua saúde lhe manterá longe, não só da osteoporose como de diversas doenças e complicações de saúde.

3.Inclua exercícios em sua rotina: o sedentarismo favorece a perda de massa óssea. Portanto, movimente-se desde já. Os músculos do seu corpo diminuem o risco de queda e de fraturas.

Alimentos ricos em Cálcio

Ossos saudáveis são sinônimos de uma vida com mais qualidade de vida.
Por isso, listamos aqui, 10 alimentos ricos em cálcio para você incluir em sua dieta agora mesmo.

1.Feijão-branco
2.Leite e derivados (queijos, iogurtes…)
3.Brócolis
4.Folhas escuras: vale rúcula, agrião, espinafre, couve…
5.Soja
6.Cereal matinal de milho
7.Peixes como salmão e sardinha
8.Grão de bico
9.Sementes de chia e gergelim
10.Tofu

Onde fazer os exames preventivos?

Em um único lugar!
O CURA possui todos os exames que auxiliam no diagnóstico e tratamento da osteoporose. Uma estrutura que garante pronto atendimento, análise clínica segura, rápida e eficiente.
Consulte seu médico, se atente aos sinais do seu corpo e cuide da sua saúde hoje para viver mais e melhor!

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