A necessidade de ficar em quarentena pegou todos de surpresa. Os praticantes de exercícios e atividades físicas se viram repentinamente sem poder ir à academia nem fazer caminhadas ou corridas ao ar livre. O exercício, no entanto, é importante, pois contribui para manter a defesa imunológica em boas condições e a saúde em dia. De acordo com o Dr. Cesar Penteado, do CURA, o paciente que está saudável fica menos suscetível a uma infecção. 

Atividade física como parte do tratamento de doenças crônicas

A prática física, em muitos casos, é parte importante do tratamento indicado a um paciente. Ela é recomendada para hipertensos, diabéticos ou para portadores de algumas doenças crônicas, além de ser valiosa para idosos. Algumas pessoas precisam de exercícios cardiorrespiratórios, enquanto outros, de mais de força, dependendo da patologia envolvida. Então, quanto melhor fisicamente as pessoas estiverem, mais chances elas têm de passar bem por esta fase difícil que o mundo vive.

Mesmo durante a pandemia, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda atividade física, mas ela tem de ser isolada. O ideal, então, é fazer exercícios em casa. No entanto, é primordial recorrer a um médico antes de começar a malhar em casa, se a pessoa era sedentária antes da pandemia. É importantíssimo saber se ela pode praticar uma atividade física e qual é a mais indicada, como lembra o Dr. César.

Afinal, cada caso é um caso, e as necessidades de cada um são diferentes. Quando a pessoa tem um problema, é feito um histórico e seu quadro é analisado para indicar o melhor exercício e frequência. Tudo influencia: peso, idade etc. E não se pode confundir uma caminhada até o supermercado com um exercício físico – isto serve mais para desestressar, ver movimento e pessoas durante a quarentena. Para que uma atividade seja considerada um exercício físico, é preciso atingir um nível de batimento cardíaco compatível.

Tudo isso tem de ser modulado por um médico e por um profissional da educação física. Para quem já praticava atividade, é só obter as orientações do preparador ou profissional a respeito dos melhores exercícios para fazer em casa.

Movimentação do corpo

De maneira geral, entretanto, algumas coisas podem ser feitas de forma que pelo menos haja movimentação do corpo. O ideal é o alongamento, indicado para todas as idades. É preciso criar flexibilidade nos músculos para começar a praticar e dar suporte ao exercício, evitando jogar a força num ponto errado e, assim, evitar que o erro provoque dores. 

O abdômen é o principal “instrumento” para qualquer tipo de exercício. É onde você tem de focar suas forças, tanto para exercícios dos membros superiores quanto dos inferiores. Fortalecer a região é importante.

Também se deve procurar fazer exercício com o próprio peso. Desta maneira é possível trabalhar o corpo inteiro. É relevante não fazer exercícios diariamente e alternar os dias de prática. 

Observar a intensidade é importante: ela varia de acordo com a idade. Claro que pessoas com mais de 60 anos devem regular a intensidade num nível bem menor. Até os 40 anos pode ser maior, com exercícios como agachamento, elevação pélvica, ou algum tipo de abdominal. 

Exercício aeróbico deve fazer parte do programa, porque ajuda a criar resistência. Sem esquecer os cuidados com hidratação e alimentação adequadas.

Flexibilização

Embora a quarentena tenha sido prorrogada até 31 de maio no estado de São Paulo, a flexibilização poderá vir no próximo mês. Mesmo atualmente, de Norte ao Sul do país existem variações, e a flexibilização poderá ocorrer antes ou depois dessa data. Em outros locais já existe até algum movimento de abertura, dependendo da intensidade da doença. No entanto, os cuidados devem ser mantidos. A saber: 

  • Usar máscaras ao praticar exercícios ao ar livre e nas academias, quando voltarem a abrir.
  • Manter distância entre as pessoas e evitar contato.
  • Higienizar os aparelhos de ginástica antes do uso.
  • Manter os protocolos de higienização, lavando constantemente as mãos ou usando álcool em gel.
  • Higienizar botões de elevadores e evitar utilizar corrimãos.
  • Ao chegar em casa, tirar imediatamente o tênis; pôr roupas e máscara para lavar e tomar banho.

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